TEXTO II
Lira I
“Os teus olhos espalham luz divina,
A quem a luz do Sol em vão se atreve:
Papoula, ou rosa delicada, e fina,
Te cobre as faces, que são cor de neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora,
Para glória de Amor igual tesouro.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!”
(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. In: PROENÇA FILHO, Domício (Org.). A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p. 571-708).
As tendências estéticas do Arcadismo surgem na segunda metade do século XVIII, como uma busca ao natural e ao simples, e herdaram as tendências da Antiguidade Clássica. Assim, os sócios da Arcádia (sociedade literária que ditava os padrões estéticos da época) criavam pseudônimos de pastores gregos e romanos, imitando os clássicos.
No fragmento do poema (Texto II), pode-se afirmar que são características desse período: