TEXTO I
MONÓLOGO DE UMA SOMBRA
“Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!
A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas
A saúde das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios! [...]"
ANJOS, Augusto de. Eu. Fonte: Domínio Público. Disponível em: https://tinyurl.com/jbp54249. Acesso em: 26 jul. 2021.
TEXTO II
Os naturalistas não temiam, enfim, descrever repugnâncias de sanatório, movidos pela certeza do seu papel científico em meio a uma sociedade deliquescente, ao invés dos realistas, que suspendiam a sua indagação onde começaria o desvendar de males físicos repelentes [...].
MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 12. ed. São Paulo: Cultrix, 2013 (p. 326).
Em consonância com os comentários do Texto II. acerca da estética do fim do século XIX, os elementos do Texto I. explicam-se porque