
Tarsila do Amaral. Abaporu – 1928
“Em fins de 1927, Oswald e Tarsila foram, acompanhados de amigos, para o bairro de Santana, a fim de comer rã. Enquanto esperavam, imaginavam teorias acerca da rã, e alguém disse, em tom jocoso, que a história da evolução humana passava pela rã. Quando o prato chegou, Tarsila comentou que eles, naquele momento, poderiam ser uns ‘quase antropófagos’. O assunto ainda reverberou, como brincadeira, em várias rodas de conversação, até que, no aniversário de Oswald, Tarsila o presenteou com o quadro: ‘o homem plantado na terra’. Consultaram o dicionário de tupi-guarani de Montoya, e chegaram a um nome para a tela: Abaporu. Aba: homem; poru: que come. Nascia o movimento da Antropofagia, radicalmente primitivista.”
OLIVEIRA, Clenir Bellezi de. Arte literária: Portugal − Brasil. São Paulo: Moderna, 1999.
“Uma das melhores interpretações da Semana ainda é a que fez Mário de Andrade, em conferência pronunciada no Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em abril de 1942. […] Segundo o autor, o que caracterizou o movimento − e o que foi dito é uma verdade inegável − foram os três princípios que ele impôs ao quadro cultural brasileiro: ‘o direito permanente à pesquisa estética, a atualização da inteligência artística brasileira e a estabilização de uma consciência criadora nacional’.”
MIRANDA, José Américo. “Os dias mais polêmicos da inteligência nacional”. Ciência Hoje, vol. 31, nº 182, Rio de Janeiro, maio 2002.
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