Teodora, a imperatriz dançarina.
Sabe-se a parte que teve no governo a imperatriz Teodora, por quem Justiniano era ardentemente apaixonado, sendo coroada juntamente com ele, em 527. Teodora era filha de um guarda de ursos do hipódromo; havia sido dançarina, atriz e possuía, dizem, costumes levianos. Após subir ao trono, foi irrepreensível e entregou-se inteiramente à grandeza de sua tarefa. Nada a retrata melhor que as palavras que teria dito no dia em que uma terrível rebelião, a sedição de “Nika”, quase destituiu Justiniano. Este já estava prestes a fugir, quando Teodora o deteve com essas palavras frequentemente citadas: “Ainda que a única salvação fosse a fuga, eu não fugiria. Aqueles que usaram a coroa nunca devem sobreviver à sua perda. Eu gosto da velha máxima que diz que a púrpura é uma bela mortalha”.
(Paul Lemerle. História de Bizâncio. Trad. São Paulo: Martins Fontes, 1991. p. 44)
O texto e o conhecimento histórico permitem afirmar que:
O mais célebre governante do Império Bizantino, Justiniano, além de ampliar as fronteiras do Império, promoveu a compilação do Direito Romano, organizado em partes: Código, Digesto, Institutas, Novelas e legou ao mundo o Corpus Júris Civilis.