Texto 1:
No livro Crítica da Razão Negra, Mbembe nos convida a pensar as diferenças e a própria vida com base numa reflexão sobre o mundo contemporâneo a partir da experiência negra, lembrando que a visão do negro no mundo de hoje foi construída pelo sistema escravista nos primórdios do colonialismo. Dessa forma, a definição de negro é uma categoria social que se confunde com os conceitos de escravo e de raça. Enquanto construção social, negro é um conceito que designa a imagem de uma existência subalterna e de uma humanidade castrada. Essa percepção econômica da questão racial tem início na fase mercantilista do capitalismo (quando o negro é transformado em mercadoria) e perdura no neoliberalismo. O termo “negro” foi inventado para significar exclusão e em momento algum esteve dissociado da categoria de escravo.
EUGENIO, Rodney William. RESENHA Achille Mbembe. Crítica da Razão Negra. Lisboa: Editora Antígona, 2014. Revista Nures | Ano XI | Número 31 | setembro-dezembro de 2015.
Texto2:
Brasil tem feito progressos significativos na melhoria da vida de suas crianças. Reduziu os índices da mortalidade infantil, o número de famílias que vivem com renda inferior a um dólar; melhorou e intensificou as políticas de ensino e de assistência às famílias. Contudo, isso ainda não está acontecendo para todas as crianças que vivem no País, especialmente quando observamos a situação de meninas e meninos indígenas e negros. Essas crianças e adolescentes ainda vivem em contextos de desigualdades. São vítimas do racismo nas escolas, nas ruas, nos hospitais ou aldeias e, às vezes, dentro de suas famílias. Deparam-se constantemente com situações de discriminação, de preconceito ou segregação. O racismo causa efeitos.
https://www.unicef.org/brazil/media/1731/file/O_impacto_do_racismo_na_infancia.pdf
Considerando os argumentos trazidos pelos dois textos e pelos seus conhecimentos sobre a formação das desigualdades raciais e a invisibilidade do negro na sociedade contemporânea, é correto afirmar que