Texto 1
A flexibilidade no trabalho é uma proposta que permite maior liberdade e autonomia aos profissionais, oferecendo condições para que equilibrem as esferas pessoal e profissional com maior facilidade.
Se, antes, os funcionários tinham horário e local de trabalho fixos, benefícios definidos, hierarquia e funções estabelecidas, agora essas e outras condições podem ser flexibilizadas se for vantajoso para o trabalhador e para a empresa. Por exemplo, o horário de trabalho pode ser definido conforme o período do dia em que o profissional é mais produtivo. Outro aspecto do regime flexível é o local de trabalho, com a possibilidade de adoção do home office e de modelos híbridos.
(“Flexibilidade no trabalho: o que é, vantagens e como funciona”. www.ludospro.com.br, 13.07.2021. Adaptado.)
Texto 2
O mundo do trabalho está passando por uma revolução, que começou antes mesmo da pandemia. Segundo relatório global da consultoria Llorente y Cuenca (LLYC), feito em parceria com a Organização Internacional de Executivos de Capital Humano, entramos na era em que o profissional qualificado ganhará cada vez mais poder de decisão sobre sua carreira.
Uma mudança importante é que o conceito de “semana de trabalho”, tal como hoje o entendemos, tenderá a desaparecer. Em pleno debate sobre a semana de trabalho de quatro dias, surgem novas propostas, ainda mais ambiciosas, como a semana de trabalho de sete dias: filosofia de trabalhar quando quiser, de segunda a domingo, na hora que mais convier ao profissional.
Outro conceito que surge com força é o tempo de desconexão. Após dois anos de uma pandemia em que a produtividade dos profissionais não foi prejudicada (em alguns casos, ocorreu exatamente o oposto), as empresas começarão a compreender que as pessoas precisam se desligar mais para se conectarem melhor. As organizações permitirão que os profissionais dediquem parte do dia de trabalho a si próprios, a atividades que fomentem a criatividade e o crescimento pessoal e profissional, e que liguem os objetivos da empresa aos pessoais.
(“4 tendências globais de gestão de talentos”. http://vocerh.abril.com.br, 15.02.2022. Adaptado.)
Texto 3
Uma pesquisa americana que acompanha milhares de trabalhadores desde maio de 2020 perguntou como as pessoas gostariam de trabalhar depois da vacinação contra a covid-19. O estudo descobriu que 32% não querem mais voltar para o escritório, enquanto 21% querem sair para trabalhar todos os dias. O restante (a maior parte) opta por um regime híbrido.
O perfil desses grupos é radicalmente diferente. Entre aqueles que querem ficar para sempre no home office, predominam as pessoas com filhos – em especial as mulheres. O perfil médio de quem quer voltar a trabalhar fora de casa de segunda a sexta é de homens jovens e solteiros.
O problema é que há diferenças significativas entre os regimes de trabalho. Segundo o mesmo estudo, quando acontece uma reunião presencial, por exemplo, as pessoas que estão em casa se sentem menos incluídas. Pesquisas anteriores também mostram que, em um regime híbrido, as chances de promoção para quem trabalha presencialmente são maiores do que para quem fica em home office. Essa tendência nem sempre é intencional – gestores naturalmente tendem a se conectar mais com quem está próximo deles.
(Bruno Carbonato. “O tiro no pé do trabalho híbrido”. https://vocesa.abril.com.br, 17.06.2021. Adaptado.)
Texto 4
Em seu artigo “Why Do We Work Too Much?” (Por que trabalhamos tanto?), Cal Newport, professor de ciência da computação da Universidade Georgetown, levanta uma questão interessante: “A maioria das pessoas que têm a sorte de ter algum controle sobre sua rotina de trabalho – como trabalhadores do conhecimento e empresários – trabalha além do nível que poderia ser considerado já suficiente, algo como 20% a mais do que precisariam. Esses 20% extras são suficientes para gerar um estresse contínuo.
Muitos desses profissionais que se sentem sobrecarregados não têm um gerente os controlando, medindo sua produtividade e os pressionando a fazer mais. A pressão vem de si próprios e também do alto custo de vida hoje. Muitos até gostariam de aliviar esse frenesi, mas não conseguem. A própria autonomia que alguns profissionais têm para decidir quais tarefas vão assumir (e quais vão adiar ou recusar) também pode ser a causa desse excesso de trabalho.
(Lilia Porto. “Por que estamos trabalhando tanto e até morrendo por excesso de trabalho?”. http://ofuturodascoisas.com, 07.01.2022. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Flexibilidade no trabalho: equilíbrio entre vida pessoal e profissional?