Texto 1
Articulista da Forbes ironiza o status que o brasileiro dá para o automóvel
(1) Até a americana revista Forbes anda rindo da obsessão do brasileiro em encarar o automóvel como símbolo de status. No último sábado, o blog do colaborador Kenneth Rapoza, especialista nos chamados Bric´s (Brasil, Rússia, Índia e China), trouxe um artigo intitulado “O Jeep Grand Cherokee de ridículos 80 mil dólares do Brasil”. A tese do artigo: os brasileiros confundem qualidade com preço alto e se dispõem a pagar 189 mil reais (89.500 dólares) por um carro desses que, nos Estados Unidos, é só mais um carro comum. Por esse preço, ironiza Rapoza, “seria possível comprar três Grand Cherokees se esses brasileiros vivessem em Miami junto de seus amigos.”
(2) O articulista lembra que a Chrysler lançará o Dodge Durango SUV, que nos Estados Unidos custa 54 mil reais, no Salão do Automóvel de São Paulo por 190 mil reais. “Um professor de escola primária do Bronx pode comprar um Durango. Ok, não um zero quilômetro, mas um de dois ou três anos, absolutamente bem conservado”, exemplifica, para mostrar que o carro supostamente não vale o quanto custa no País.
(3) O autor salienta que o alto custo ocorre por conta da taxação de 50% em produtos importados e da ingenuidade do consumidor que acredita que um Cherokee tem o mesmo valor que um BMW X5 só porque tem o mesmo preço. “Desculpem, ‘Brazukas’, mas não há nenhum status em um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand ou Dodge Durango. Não sejam enganados pelo preço de etiqueta. Vocês definitivamente estão sendo roubados.”
(4) E conclui o artigo: “Pensando dessa maneira, imagine que um amigo americano contasse que acabou de comprar um par de Havaianas de 150 dólares. Você diria que ele pagou demais. É claro que esses chinelos são sexy e chic, mas não valem 150 dólares. Quando o assunto é carro e seu status no Brasil, as camadas mais altas estão servindo Pitu e 51 em suas caipirinhas e pensando que é bebida de alta qualidade.”
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/articulista-da-forbes-ironiza-o-status-que-o-brasileiro-da-para-oautomovel. (Adaptado)
Também sobre as estratégias utilizadas na construção e organização do Texto 1, analise as proposições a seguir.
I. A intertextualidade explícita é recurso fundamental na construção do Texto 1, o qual cita, do início ao fim, um artigo publicado na revista Forbes.
II. O uso de aspas é recorrente no Texto 1, a fim de ironizar o ponto de vista defendido no artigo da revista Forbes.
III. A tese defendida no artigo da revista Forbes é sustentada no Texto 1 pela apresentação de vários argumentos, dos quais muitos são diferentes dos que se encontravam no artigo.
IV. O fato de o automóvel ser símbolo de status no Brasil é evocado, logo no início do Texto 1, como conhecimento prévio e aparentemente consensual.
V. Por constituir um resumo de um texto prévio, não se pode dizer qual o posicionamento do Texto 1 em relação ao tema que aborda.
Estão CORRETAS, apenas,