Questão
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins - IFTO
2019
Fase Única
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Texto 3

A composição “Como nossos pais” é de 1976, faz parte do álbum Alucinação e foi escrita pelo grande artista cancioneiro brasileiro Antônio Belchior, já falecido.

Leia o texto que segue para responder à questão.

Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...

Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...

Por isso, cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado pra nós
Que somos jovens...

Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...

Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...

Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...

Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...

Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei
Que quem me deu a ideia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...

Marque a resposta correta no que diz respeito às estrofes da canção e suas respectivas figuras de linguagem: 
A
No verso “Há perigo na esquina”, encontramos comparação; e na estrofe “Para abraçar seu irmão/ E beijar sua menina na rua/ É que se fez o seu braço/ O seu lábio e a sua voz...”, uma sinestesia. 
B
Nos versos “Digo que estou encantada/ Com uma nova invenção” temos uma metáfora, e em “Tá em casa/ Guardado por Deus/ Contando vil metal...” uma metonímia. 
C
Na estrofe “Pois vejo vir vindo no vento/ Cheiro de nova estação/ Eu sei de tudo na ferida viva/ Do meu coração…” temos aliteração e metáfora, e no verso “Que qualquer canto/ É menor do que a vida” temos uma comparação. 
D
Nos versos “Pois vejo vir vindo no vento/ Cheiro de nova estação/ Eu sei de tudo na ferida viva/ Do meu coração”, há as figuras de linguagem catacrese e onomatopeia, e, no verso “Viver é melhor que sonhar”, há uma comparação. 
E
No refrão “Ainda somos os mesmos/ E vivemos/ Como os nossos pais...”, temos uma comparação, e, no trecho “Na parede da memória/ Essa lembrança/ É o quadro que dói mais…”, temos respectivamente uma personificação/prosopopeia e uma catacrese.