Texto I:


(Disponível em: https://www.historiadasartes.com/nobrasil/arte-no-seculo-18/barroco/#jp-carousel-2697 Acesso em 25 de julho de 2021)
Texto II:
A CRISTO NOSSO SENHOR CRUCIFICADO
Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,
Em cuja lei protesto de viver,
Em cuja santa lei hei de morrer,
Animoso, constante, firme e inteiro:
Neste lance, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minha vida anoitecer;
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um Pai, manso Cordeiro.
Mui grande é o vosso amor e o meu delito;
Porém pode ter fim todo o pecar,
E não o vosso amor que é infinito.
Esta razão me obriga a confiar,
Que, por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.
Os dois textos configuram-se no momento de produção barroca, na qual a dialética favorece a produção artística. A relação entre os textos evidencia a figura de Cristo, em que se encaram o problema da salvação dos homens e a sua relação com a teologia. O par de versos que melhor explora essa questão temática é: