Texto I
“A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café, desenlace inscrito na própria forma de inserção do Brasil no sistema capitalista internacional. Sem ser um produto mecânico da dependência externa, o episódio revolucionário expressa a necessidade de reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento, voltado essencialmente para um único gênero de exportação, se torna cada vez mais precário”.
FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930: historiografia e história. 16 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 149.
Texto II
“Vargas, que se tornaria principal liderança do movimento insurrecional de 1930, ascendeu à presidência num quadro de rearranjos das oligarquias regionais abaladas com a grande crise de 1929. [...] Centralizador, pertencente a uma facção das oligarquias gaúchas, Vargas aprimorou, em nome de um projeto nacional, um sistema de hábeis manipulações, em que a eliminação das dissidências foi a pedra angular. O movimento de 1930 [...] não configura uma revolução, pois não provocou mudança radical – nem dela foi expressão – nas estruturas de produção e de distribuição da propriedade rural e urbana, nem nas do capital”.
MOTA, Carlos Guilherme; LOPEZ, Adriana. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2008. P. 640-641.
A leitura dos textos permite afirmar corretamente que