Questão
Sprint ENEM
2023
Não se aplica
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Discursiva
(PROPOSTA DE REDAÇÃO)

Texto I 

O que são Infecções Sexualmente Transmissíveis

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos Em geral, esse tipo de doença têm transmissão por contato sexual sem proteção, mas existem outras situações possíveis, como no caso de transmissão de mãe para filho, ou através do contato com secreções contaminadas.

Porém, mesmo em casos de infecção, o tratamento é possível e acessível, e costuma oferecer ao paciente possibilidade de uma vida normal, e em alguns casos até de impedir a transmissão. Para isso, é extremamente importante divulgar informações sobre esse tipo de infecção, especialmente entre os jovens, tanto para sua prevenção quanto para impedir a estigmatização desta condição.
IST ou Doença Sexualmente Transmissível: existe diferença?

Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos anos passou a se preferir o uso de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em detrimento à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Isso acontece porque a sigla IST destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. Logo, IST e DST são, essencialmente, a mesma coisa. 
ISTs mais comuns, principalmente entre os jovens

Como explicamos, as ISTs infectam mais de 1 milhão de pessoas todos os dias. Em 2020, a Organização Mundial da Saúde estima que foram 374 milhões de novas infecções. Deste total, as ISTs mais recorrentes foram:

Tricomoníase (com 156 milhões de infecções);

Clamídia (com 129 milhões de casos);

Gonorreia (com 82 milhões);

E sífilis (com 7,1 milhões).

Além disso, estima-se que, em 2016, existissem cerca de 490 milhões de pessoas infectadas com HSV (herpes), além de 300 milhões de mulheres com infecção por HPV, a principal causa do câncer do colo do útero atualmente. Já a Hepatite B crônica atingiu cerca de 296 milhões de pessoas em 2016, apesar de ser uma doença com vacinação disponível. 

Enfim, entre outras doenças bastante recorrentes, estão Cancro mole (cancroide); Doença Inflamatória Pélvica (DIP); Donovanose; e Linfogranuloma venéreo (LGV).

(Disponível em https://blog.circulosaude.com.br/2022/08/11/infeccoes-sexualmente-transmissiveis-dst/)

Texto II 

Dados do Ministério da Saúde de 2012-2018 indicam variação na taxa de detecção de sífilis adquirida (por 100 mil habitantes), de 14,4 para 74,4, e em gestantes, de 5,7 para 21,5, assim como na taxa de incidência de sífilis congênita (por mil nascidos vivos), de 4,0 para 9,0. Esse aumento está associado a fatores como acesso a testagem rápida, além de desinformação, menos utilização de preservativos, redução da utilização da penicilina benzatina na APS e desabastecimento do fármaco . A limitação de acesso ao insumo farmacêutico ativo da penicilina tem trazido grandes desafios. O desabastecimento em serviços de saúde do Município do Rio de Janeiro demonstrou não homogeneidade no tempo (2014, 2015 e 2017) e no espaço, principalmente em áreas programáticas mais pobres e com maior detecção de sífilis .

(Disponível em https://www.scielo.br/j/csp/a/HHKTNLdmXsxZwNYmPKsQkpC/)

Texto III 

A necessidade de se discutir educação sexual

Diante desse cenário, é importante que jovens sejam orientados em relação às suas práticas sexuais. Para além do estudo sobre anatomia, a educação sexual proporciona o acesso a informações sobre diferentes aspectos da sexualidade. A partir dela, pessoas se tornam aptas a exercerem seus desejos sexuais e reprodutivos, estando informados quanto à sua saúde. “A sexualidade é costurada por diversas dimensões, como a biológica, social e cultural. Todos são aspectos que a escola deve abordar”, afirma Caroline Arcari, mestre em Educação Sexual pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e presidente do Instituto Cores, plataforma de cursos à distância sobre sexualidade.

Em uma pesquisa realizada pela Federação Internacional de Planejamento Familiar, o Brasil obteve o menor resultado em relação aos ensinamentos sobre educação sexual. Ainda que seja sugerida a abordagem do tema, no país não há qualquer obrigatoriedade para que isso de fato ocorra. Dentre os países analisados estavam México, Colômbia, Argentina e Chile.
(Disponível em https://aun.webhostusp.sti.usp.br/index.php/2018/02/07/mudanca-no-comportamento-sexual-de-jovens-causa-aumento-de-infeccoes-sexualmente-transmissiveis/) 

Texto IV 





A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Aumento das ISTs entre jovens e a educação sexual”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.