Texto I
Circuito Fechado
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeira, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, blocos de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefones, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícaras, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarro, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, papel e caneta, telefone, caneta e papel, pasta cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros, mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama travesseiro.
RAMOS, Ricardo. In:NETO, Antônio Gil. A produção de textos na escola. São Paulo: Loyola, 1993, p.82
TEXTO II
Crueldade! Cachorra vira-latas leva tiros de agentes da Penitenciária de São Pedro de Alcântara. Ela agonizou por uma noite até ser salva. Manchete do Diário Catarinense. Caderno:Geral 25/09/09.
TEXTO III
Lei Federal 9.605/98
Artigo 32 – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Pena: três meses a um ano de prisão e multa, aumentada de um sexto a um terço, se ocorrer a morte do animal.
TEXTO IV
“Há dois anos fundei o Instituto de Proteção aos Animais do Brasil, mas batalho pela causa faz mais de dez anos. Uma das atividades do instituto é o recebimento de denúncias sobre maus-tratos aos bichos. Infelizmente, é o setor mais agitado.
[...]
Em geral, os homens não estão nem um pouco preocupados com os métodos pelos quais os animais são abatidos. Como seres pretensamente superiores, querem apenas se alimentar. É uma pena, pois todo esse sofrimento, dor e angústia é o que se ingere junto com os bichos. A consciência ecológica tão decantada fecha os olhos para as barbaridades cometidas contra os animais.
[...]
Os bezerros que depois viram baby beef só conhecem o sofrimento em seus poucos meses de vida. Eles são mantidos, desde o nascimento, em cubículos pouco maiores que eles - para não criar músculos e ter a carne macia. Morrem sem ter dado um único passo. Quanto mais comermos baby beef e vitela, mais bezerros serão mantidos assim. Os porcos, além de ser tratados como animais sujos, - que não são – e ser alimentados com restos de comida, muitas vezes na beira de córregos imundos morrem de forma cruel. Um facão cortalhes o pescoço de lado a lado, e eles são deixados sangrando, até secar. Em alguns casos, depois são jogados numa piscina de água fervendo. Imaginem, morrem esfaqueados e seus corpos são jogados numa piscina de água fervendo. No transporte de bois, se algum cai ou se deita, leva umas bordoadas para se levantar. Quando não dá certo, o motorista do caminhão liga uns fios à bateria e dá um choque nos coitados.
Esses métodos cruéis de abate, criação e transporte são mais comuns do que se imagina. Alguns frigoríficos e avícolas já fazem abate humanitário, mas eles são poucos. Além disso, várias pesquisas mostram que cerca de metade da carne que comemos é proveniente de abatedouros clandestinos. Isso significa que, além de sofrer um abate terrível, o animal pode ser doente.
COCA, Maurício Esteves. Veja 18 out. 1995.
PROPOSTA I
Com base na leitura do texto I escolha uma das opções abaixo para redigir seu texto.
a) Texto DISSERTATIVO: Redija uma dissertação utilizando informações e argumentos que dêem consistência a seu ponto de vista.
b) Texto NARRATIVO: Elabore um texto narrativo, incluindo os elementos principais do gênero.
PROPOSTA II
Com base na leitura dos textos II, III e IV elabore um texto DISSERTATIVO sobre o assunto abordado pelos mesmos.