Texto X


Em 1938, O. Hahn e F. Strassmann, ao detectarem bário numa amostra de urânio 238 bombardeada com nêutrons, descobriram a fissão nuclear induzida por nêutrons. A colisão de um nêutron com um núcleo de um isótopo, como o ²³⁵U, com sua consequente absorção, inicia uma violenta vibração, e o núcleo é impelido a se dividir, fissionar. Com a fissão cada núcleo de ²³⁵U produz dois ou mais nêutrons, propiciando uma reação em cadeia.
(Adaptado de: OHANIAN, H. C.Modern physic. New York: Prentice Hall inc. 1995, 2 ed. p. 386.)
Texto XI
A reação em cadeia explosiva do ²³⁵U deu um banho de radiação mortífera no centro da cidade: Cerca de dez quilômetros quadrados de Hiroshima ficaram torrados. Noventa por cento dos prédios da cidade foram destruídos.
Os médicos que ainda estavam vivos não tinham ideia do tipo de arma que havia sido empregada. Mesmo quando se anunciou que uma bomba atômica fora lançada, eles não tinham noção do mal que ela pode fazer ao corpo humano nem dos seus sintomas posteriores. Era uma revolução na ciência e na guerra.
(Adaptado de: SMITH, P. D.Os homens do fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 359-360.)

Sobre a reação em cadeia citada no texto X, considere que a cada processo de fissão de um núcleo de ²³⁵U sejam liberados três nêutrons. Na figura a seguir está esquematizado o processo de fissão, no qual um nêutron N₀ fissiona um núcleo de ²³⁵U, no estágio zero, liberando três nêutrons N₁. Estes, por sua vez, fissionarão outros três núcleos de ²³⁵U no estágio um, e assim por diante.

Continuando essa reação em cadeia, o número de núcleos de ²³⁵U que serão fissionados no estágio 20 é