Tycho Brahe era uma figuraça, não há a menor dúvida. O nobre dinamarquês foi provavelmente o primeiro e único astrônomo do mundo a ostentar um nariz postiço de metal (o de verdade foi decepado durante um duelo) e a ter seu próprio bobo da corte, um anão chamado Jeppe. Brahe bateu as botas no outono de 1601, depois de literalmente estourar a própria bexiga - não quis ofender o anfitrião da festa em que estava e se recusou a se levantar da mesa para ir ao banheiro. Seu discípulo Johannes Kepler anotou meticulosamente a posição da Lua, de Saturno e de Marte no momento da morte e confirmou que, segundo os astros, a hora de Brahe tinha chegado mesmo. Tudo isso não passaria de esquisitices do Renascimento não fosse pelo fato de que a dobradinha Brahe-Kepler ajudou a fundar a ciência moderna, ao lado de sujeitos como Galileu Galilei e, mais tarde, Isaac Newton. As medições realizadas no nababesco observatório de Brahe, numa ilha do mar Báltico com instalações subterrâneas e instrumentos gigantes que permitiam observações com precisão inédita, fizeram com que Kepler desvendasse o movimento dos planetas do sistema solar e abrisse caminho para a compreensão da lei da gravidade. Ambos acreditavam piamente na conexão entre a ordem do Universo e a vida humana. E garantiam que o melhor jeito de encontrá-la era traçar um mapa astral. (LOPES. 2006, p.67).
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o desenvolvimento da ciência, é correto afirmar: