Questão
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
2014
1ª Fase
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Via de regra, a forma como os poetas apreendem a realidade – enquanto desenvolvimento temático e tratamento estilístico – faz com que eles sejam situados, às vezes para efeitos didáticos, em determinadas estéticas literárias.

Há, exemplificando, aqueles que valorizam de tal forma a natureza que chegam a considerá-la base da harmonia e da sabedoria. Nessa estética dos “setecentos”, a literatura não era vista como expressão direta de vivências existenciais do autor, ou seja, o sentimento particular deveria passar pelo crivo da razão ou de uma convenção, como a pastoril, por exemplo.

Estética diferente é a dos que apreendem a realidade pela ótica intimista, daí o individualismo, o culto exagerado do eu, as memórias de uma infância mítica, a valorização do passado, a idealização do objeto estético, o condoreirismo.

Há, também, outra estética literária que faz uma apreensão descritiva da realidade e encontra amparo no esmero formal, na arte pela arte, no vocabulário preciso e nos efeitos sonoros e imagísticos.

No primeiro quartel do século XX dá-se uma renovação na forma de apreensão do real. Através de um evento significativo, em sua primeira fase, esta estética abrigou várias tendências. Apelou para o nacionalismo e buscou a liberdade formal coincidindo essa com uma grande independência em relação aos temas.

Com base no texto acima, assinale a alternativa cujos versos NÃO se enquadram na estética definida de acordo com o terceiro parágrafo. 
A
“Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos,
Se eu morresse amanhã!”

B
“Naqueles tempos ditosos, 
Ia colher as pitangas, 
Trepava a tirar as mangas, 
Brincava à beira do mar.”
C
“Delineiam-se, além, da serrania  
Os vértices de chama aureolados
E em tudo, em torno, esbatem derramados
Uns tons suaves de melancolia...”
D
“Esperai! Esperai! Deixai que eu beba 
Esta selvagem livre poesia...
Orquestra – o mar que ruge pela proa, 
O vento que nas cordas assobia...”

E
“Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.”