O Tratado da Antártida, de 1959, redefiniu as formas de apropriação do continente antártico, o que era desejado por inúmeros países. A presença internacional no continente, regulamentada nesse tratado, só é permitida se os países se comprometerem a realizar pesquisas com fins pacíficos, vetando aos mesmos exercícios militares e testes nucleares.

No setor apresentado na figura, está localizada a base científica brasileira Comandante Ferraz. Esta base tem a oportunidade de pesquisar importantes assuntos para o país, além de estar alocada, estrategicamente, nas proximidades de alguns pontos de interesse científico especial.

O setor antártico argentino expresso na figura é, na verdade, um espaço de tensões territoriais e diplomáticas expressivas entre a Argentina, o Reino Unido e o Chile, que pleiteiam o controle sobre parcelas comuns desse espaço continental.

A concentração de cardumes de krill e bacalhau e as importantes reservas de petróleo no mar territorial antártico são alguns dos motivos centrais que levam os países a pleitearem o controle futuro de parcelas do “continente gelado”.

O maior problema do continente antártico, atualmente, e que coloca em risco as convenções territoriais definidas globalmente, é a insistência de potências como a Grã-Bretanha, EUA e Rússia em despejarem, mesmo que de “maneira segura”, lixo radioativo em depósitos de grande profundidade no continente, principalmente no setor destacado na figura.