De acordo com recenseamento realizado em 1890, a região de Palmas, situada na parte oriental de Santa Catarina e Paraná, era habitada por 5.800 brasileiros.
Era uma área de 30 mil quilômetros que o governo da Argentina reivindicava como sendo sua.
Ao longo do Segundo Reinado, arrastaram-se negociações sem solucionar a questão, também conhecida como Questão das Missões.
Já na República, durante o Governo Provisório, Quintino Bocaiúva, titular do Ministério dos Negócios Exteriores, chegou a aceitar a divisão do território contestado entre o Brasil e a Argentina. Viajou inclusive ao Rio da Prata, onde assinou tratado que não foi ratificado pelo Congresso Constituinte e recebeu violentas críticas da imprensa brasileira.
Arrastando-se a controvérsia, já no governo de Prudente de Moraes, as pretensões brasileiras foram defendidas pelo Barão do Rio Branco.
Fundamentando-se no princípio do uti possidetis, exposto em longa Memória, Rio Branco propôs fosse a Questão de Palmas submetida à arbitragem de Grover Cleveland, presidente dos Estados Unidos. (AQUINO e outros, 2000, p.202)
A Questão de Palmas