"As duas divindades protetoras da arte, Apolo e Dionísio, nos sugerem que no mundo grego existe um contraste prodigioso, na origem e nos fins, entre a arte do escultor, ou arte apolínea, e a arte não escultural da música, a de Dionísio. Esses dois instintos tão diferentes caminham lado a lado, mais frequentemente num estado de conflito aberto, excitando-se mutuamente a criações novas e mais vigorosas, a fim de perpetuar entre eles esse conflito dos contrários que recobre em aparência apenas o nome de arte que lhes é comum; até que finalmente, por um milagre metafísico do “querer” helênico, eles apareçam unidos, e nessa união acabem por engendrar a obra de arte ao mesmo tempo dionisíaca e apolínea, isto é, a tragédia grega." (Friedrich Nietzsche, em 'Nascimento da tragédia')
Nesse trecho, Nietzsche expressa sua perspectiva estética sustentada