O arsênio encontra-se presente em rejeitos da mineração de ouro e outros minerais, em concentrações muito baixas, que normalmente são descartados em cursos d’água. Quando solubilizado, esse elemento apresenta-se nas formas inorgânicas solúveis mostradas no diagrama abaixo.

O retângulo em azul mostra a região de pH e o potencial redox típico das águas superficiais, observando-se a predominância de algumas espécies, em condições aeradas (maior potencial de redução) e de compostos diferentes em condições redutoras.
A toxicidade do arsênio varia com seu estado de oxidação: a espécie arsenito (H₃AsO₃) é mais tóxica que a espécie arsenato (H₃AsO₄) e 100 vezes mais tóxica que os derivados orgânicos de arsênio. A toxicidade das espécies As(III) para o ser humano está relacionada à sua complexação irreversível com grupos sulfidrilas (R-SH) presentes em moléculas como enzimas e em alguns aminoácidos.
Espécies contendo As(III) são consideradas mais móveis, ou seja, espalham-se mais facilmente no meio ambiente do que aquelas que contêm As(V). Diante disso, a identificação do estado de oxidação da espécie é tão importante quanto a sua quantificação, seja na fase líquida como na fase sólida.

Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/08/05-CTN3.pdf (adaptado). Acesso em 26 de gosto de 2020.
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