A assinatura da Lei Aurea, em 13 de maio de 1888, correspondeu a um ato formal que, em tese, extinguiu a escravidão em solo brasileiro. Durante muito tempo, prevaleceu a percepção de que esse episódio foi uma concessão espontânea do Império brasileiro aos negros escravizados. Porém, ao longo do século XIX é possível identificar o avanço de vários movimentos de resistência à escravidão, bem como o aparecimento de um considerável grupo de negros livres que atuou de forma destacada em diferentes campos profissionais, artísticos e intelectuais naquele período. Ou seja, não houve benevolência por parte do Império; pelo contrário, a libertação dos negros foi um processo de resistência e de luta, travado ao longo dos Oitocentos. A respeito desse tema, assinale o que for correto.
01) A presença de negros livres na maçonaria foi prática recorrente durante o Império. Saldanha Marinho, por exemplo, árduo defensor do republicanismo e do abolicionismo, destacou-se por sua atuação nessa instituição.
02) Mulheres negras, livres e letradas tiveram forte atuação nas redações de jornais cariocas durante o período do Império.
04) Luiz Gama, Machado de Assis e José do Patrocínio são exemplos de pessoas de origem negra que tiveram grande relevância na vida intelectual brasileira do século XIX.
08) Os irmãos Rebouças (André e Antônio) tiveram destacada participação no campo médico-sanitário brasileiro do século XIX.
16) Por ser um campo de produção e de circulação de ideias, o Império brasileiro proibiu a presença e a atuação de negros livres nas tipografias brasileiras durante todo o século XIX.