Questão
Simulado ENEM
2022
Fase Única
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
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Nos atuais debates sobre a globalização, como nas discussões sobre a pós-modernidade, existe uma pressuposição-chave compartilhada pela maioria dos participantes: a do caráter único da nossa época como a era par excellence da aceleração da mudança cultural e social, da “compressão do tempo-espaço” seguindo uma revolução nas comunicações, de uma economia global dominada por corporações multinacionais, da americanização ou até da “McDonaldização” do mundo e assim por diante. Em alguns aspectos, nossa época é realmente única, mas assim o foram outras gerações e outros séculos. Estamos longe de ser as primeiras pessoas a ficarem preocupadas ou excitadas pela ideia de que nossas experiências são muito diferentes daquelas das gerações passadas. De fato, se definirmos globalização como um processo de contatos cada vez mais intensos – sejam econômicos, políticos ou culturais – entre diferentes partes do mundo, então é necessário admitir que esse processo vem se desenvolvendo há milhares de anos – com interrupções relativamente menores em alguns lugares, como no Império Romano em declínio.

(Peter Burke. Quando foi a globalização? In: O historiador como colunista: ensaios da Folha. RJ: Civilização Brasileira, 2009. Adaptado.)

O texto de Burke, um importante pensador da modernidade, utiliza-se de uma estratégia interessante para um texto informativo: o uso da primeira pessoa. Analisando a ideia desse uso, percebe-se que
A
tem por objetivo validar o pensamento do escritor.
B
considera suficiente o conhecimento do autor do texto.
C
conta com a participação do leitor na construção de saber.
D
busca aproximar o texto do leitor, fazendo-o parte das ideias.
E
argumenta em favor da participação efetiva do leitor no problema.