Questão
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
2016
1ª Fase
bom-senso-e-coisa-que2605419f915
“O bom senso é a coisa que, no mundo, está mais bem distribuída: de facto, cada um pensa estar tão bem provido dele, que até mesmo aqueles que são os mais difíceis de contentar em todas as outras coisas não têm de forma nenhuma o costume de desejarem [ter] mais do que o que têm. E nisto, não é verosímil que todos se enganem; mas antes, isso testemunha que o poder de bem julgar, e de distinguir o verdadeiro do falso que é aquilo a que se chama o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; da mesma forma que a diversidade das nossas opiniões não provém do facto de uns serem mais razoáveis do que outros, mas unicamente do facto de nós conduzirmos os nossos pensamentos por vias diversas, e de não considerarmos as mesmas coisas.”

René Descartes

“Para Descartes, a forma de alcançar o verdadeiro conhecimento é através da razão; se esta não for capaz de alcançá-lo, isso acontece porque é falha. Em vez de seguir os conhecimentos recebidos, basta seguir o bom senso, já que o homem é racional. Nisso vê-se que o racionalismo está apresentado como uma espécie de naturalismo. Descartes considerava a razão como algo natural; além de ser comum a todos os homens, ela é una. Segundo o filósofo, as ciências exatas são o lugar onde a razão está mais bem expressa; por esse motivo, ele pegou emprestado o método matemático para aplicá-lo em seu sistema filosófico.”

Mariana Cruz

Considerando-se os textos acima, é CORRETO afirmar que o pensamento cartesiano se caracteriza por
A
ser um pensamento que pretende recuperar os conhecimentos da tradição através da análise de nossas impressões sensíveis abalizadas pela razão.
B
ter como objetivo principal construir um sistema firme e seguro de conhecimentos no qual não haja lugar para crenças ou opiniões falsas.
C
defender uma forma de naturalismo que implica uma investigação profunda calcada no objeto fruto de nossa experiência cotidiana.
D
primeiramente separar os conhecimentos antigos e os novos para, posteriormente, uni-los em um novo paradigma. 
E
renunciar a tratar das essências ou substâncias das coisas, voltando-se para a análise de suas qualidades subjetivas (cor, sabor, odor, etc.).