Os britânicos ainda permaneceram na Palestina por mais de um ano, embora, nesse momento, como governo de transição, com a responsabilidade de decidir o que aconteceria em seguida no antigo território do mandato, transferido para as Nações Unidas. Após longas e complexas negociações, a Assembléia Geral votou, em 29 de novembro de 1947, uma resolução dividindo a Palestina em três entidades – um Estado judeu, um Estado árabe, e um corpus separatum sob jurisdição internacional, na cidade de Jerusalém. A Assembléia Geral aprovou a resolução pela necessária maioria de dois terços, mas nenhuma providência tomou para a sua execução ou cumprimento. Houve outros, porém, que tomaram providência para impedi-la. A liderança palestina reiniciou a resistência armada ao governo mandatário e ao lar nacional judeu. A luta entre judeus e árabes amainara durante os anos de guerra. Recomeçou em 1947, e continuou até o fim do mandato e depois.
LEWIS, Bernard. O Oriente Médio: do advento do cristianismo aos dias de hoje. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1996, p. 319-320.
O conflito entre árabes e judeus relaciona-se a disputas iniciadas antes da Segunda Guerra Mundial e aprofunda-se com a criação do Estado de Israel. As ações realizadas a partir da ONU e de outros Estados nacionais foram insuficientes para estabelecer condições que propiciassem paz e resolução das divergências entre israelenses e árabes. As consequências do conflito atingem diversas dimensões da vida social das populações envolvidas no conflito e condicionam o contexto histórico do Oriente Médio.
Dentre as consequências desse conflito, está(ão)