
A busca pelo café sem cafeína tem mobilizado estudiosos do mundo inteiro para atender a demanda crescente de pessoas que querem se livrar dos efeitos colaterais provocados por essa substância estimulante, como insônia e aumento da pressão arterial. Hoje em dia, esse tipo de produto responde por cerca de 10% do mercado mundial de café. Para ser considerado descafeinado, o valor permitido de cafeína, de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada nº 277 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, deve ser de no máximo 0,1% em massa. A maioria dos métodos de descafeinação utiliza extrações do tipo sólido-líquido mediadas por solventes orgânicos e água, mas que nem sempre apresentam bons resultados em termos de eficiência. Nesse sentido, a indústria do café tem sido obrigada a investir cada vez mais em tecnologia para continuar oferecendo um produto diferenciado no mercado.
A extração com dióxido de carbono supercrítico é o que há de mais moderno em termos de inovação no mundo dos descafeinados. Acima da temperatura e pressão críticas, o CO₂ adquire uma densidade similar à de um líquido e simultaneamente uma viscosidade parecida com a de um gás. Nessa condição, o grande poder de solvatação ocasiona uma alta permeação do fluido nos grãos de café, aumentando a probabilidade de uma extração completa. Apesar de o custo ser relativamente alto, esse tipo de extração permite que o gás
carbônico seja reaproveitado, enquanto a cafeína extraída pode ser vendida para empresas que produzem medicamentos, cosméticos, energéticos e diversos outros produtos.
Disponível em: https://paribar.com.br/cafe-descafeinado/. Acesso em: 21 ago. 2022. (Parcial e adaptado.)

O diagrama de fases que evidencia o comportamento do CO₂, em função da temperatura e da pressão, encontra-se representado acima. Com base nessas informações, é correto afirmar que