A característica fundamental do diabetes não tratado é a hiperglicemia crônica. A perda de sensibilidade, pelos tecidos, à insulina no diabetes tipo 2 promove a falta de captação de glicose. O metabolismo responde como se não existisse glicose disponível, de tal modo que a gliconeogênese aumenta produzindo maior hiperglicemia. A glicose circulante em altas concentrações participa da glicação não enzimática das proteínas. Esse processo é lento, mas as proteínas glicadas podem, gradualmente, acumular e danificar tecidos provocando, por exemplo, doença arterial coronária, retinopatia, nefropatia, catarata e neuropatias.
MOTTA, Valter T. Bioquímica Básica Rio de Janeiro: Medbook Ed.. 2º ed. 2011. p. 351.
O exame de hemoglobina glicada serve para diagnosticar e acompanhar o diabetes, em conjunto com os exames de curva glicêmica e glicemia de jejum. As principais doenças envolvidas na dosagem de glicose são o diabetes mellitus tipo 1 e o diabetes mellitus tipo 2, mas a hemoglobina glicada pode ser indicada pelo médico mesmo não havendo sintomas definidos, apenas como parte do check-up de uma consulta – principalmente porque o diabetes pode permanecer assintomático por muito tempo.
Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/saude>. Acesso em: mai. 2019. Adaptado.
Defina o termo hemoglobina glicada, justificando de que forma o exame dessa substância pode indicar a eficácia do controle glicêmico de um paciente diabético dentro de um período, em média, de 90 dias.