“O casamento é tido como um dever, dentre outros. Não é o “fundamento de um lar”, o eixo de uma vida, e sim uma das numerosas decisões dinásticas que um senhor deverá tomar: entrar na carreira pública ou permanecer na vida privada a fim de aumentar o patrimônio dinástico, tornar-se militar ou orador etc. A esposa será menos a companheira desse senhor que o objetivo de uma de suas opções. Tanto será um objeto que dois senhores poderão repassá-la amigavelmente: Catão de Útica, modelo de todas as virtudes, emprestou a esposa a um amigo e, mais tarde, casou-se novamente com ela, abiscoitando de passagem uma herança imensa; um certo Nero “prometeu” (era o termo consagrado) sua esposa Lívia ao futuro imperador Augusto”.
VEYNE, P. História da Vida Privada 1: do Império Romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 48-49.
Sobre o casamento e o papel da mulher no cotidiano da Roma Antiga, é CORRETO afirmar: