A Revolução Industrial caracterizou uma série de transformações sociais e econômicas que se manifestaram, inclusive, em termos culturais ao afetar as diferentes formas de percepção do tempo, considerando-se o uso de relógio nas fábricas.

Foram três componentes fundamentais da Revolução Industrial na Inglaterra do século XVIII: a disponibilidade de matéria-prima, principalmente para a indústria de base, o emprego de mão de obra servil e a disponibilidade de um mercado consumidor interno.

Paralelamente a outras condições históricas que permitiram a emergência da Revolução Industrial, é possível destacar a reorganização das relações de produção, baseando-se no trabalho do artesão que conhecia todas as etapas produtivas.

Considerando a mão de obra barata e as condições precárias de trabalho, a Revolução Industrial foi acompanhada pela insatisfação nas corporações de ofício, cujos artesãos revoltaram-se em movimentos como o Ludismo.

Na Inglaterra do século XVI, o processo de transição do feudalismo para o neoliberalismo criou condições para que os antigos camponeses migrassem para as cidades, constituindo mão de obra barata para as corporações de ofício emergentes.