Questão
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
2025
2ª Fase
chegada-manto21840ec21d7
Discursiva

A chegada do manto Tupinambá ao Brasil pegou de surpresa o povo indígena que vive no sul da Bahia e que aguardava há mais de 20 anos a devolução da peça pelo governo da Dinamarca. A indumentária retornou ao país como uma doação do Museu Nacional dinamarquês ao Museu Nacional do Rio de Janeiro, que está se recompondo após a destruição de seu acervo no incêndio ocorrido em 2018. O manto foi apresentado à imprensa, sem a presença de lideranças indígenas. A cacique Jamopoty, líder dos tupinambás de Olivença, na Bahia, considerou importante a devolução do manto, que, segundo ela, tem valor religioso e faz seu povo ser mais forte. Por isso, Jamopoty defende que ele seja entregue aos indígenas.

                              Adaptado de agenciabrasil.ebc.com.br, julho/2024.

O manto Tupinambá é feito com penas vermelhas de ave guará e ficou por mais de três séculos na Dinamarca. No ano 2000, foi exibido em São Paulo nas celebrações dos 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil. Em seguida, a peça voltou para o país europeu. A partir de então, as reivindicações brasileiras para a devolução da peça se intensificaram até seu retorno em 2024.

Apresente um significado histórico da reivindicação da devolução do manto para os tupinambás. Apresente, também, uma razão que levou povos europeus a adotarem a pilhagem e saques para a composição dos acervos de suas instituições museológicas do Velho Mundo no século XVIII.