Nos burgos desenvolveram-se as corporações de ofícios. Cada corporação reunia especialistas de diversas áreas sem noção de hierarquia. Desde o aprendiz até o mestre-artesão, todos gozavam dos mesmos direitos e obrigações. 

O estilo de vida dos habitantes dos burgos era bem parecido com o estilo de vida nos feudos. Não havia comércio e circulação de mercadorias e os burgos não podiam obter autonomia, ficando sempre dependentes de um senhor feudal. 

Na Idade Média toda atividade intelectual foi proibida; dessa forma, pode-se afirmar que não houve nenhum tipo de progresso tecnológico, pois a Igreja Católica não permitia e, por isso, esse período foi denominado de Idade das Trevas. 

No final da Idade Média, a burguesia não tinha interesse na centralização política, pois isso significaria unificar leis, moedas, padrões de pesos e medidas, o que, na prática, atrapalharia a produção e comercialização de produtos. 

Os burgos se constituíam muitas vezes a partir de antigas cidades romanas abandonadas, que foram recuperadas e voltaram a prosperar. Outras vezes aglomerados se erguiam em encruzilhadas de rotas comerciais terrestres, em regiões de feiras ou às margens dos rios. Havia também aglomerações formadas em torno de antigos castelos, que extrapolaram os limites das muralhas originais.