As noções de colonialismo, imperialismo, dependência e interdependência, assim como as de projeto nacional, via nacional, capitalismo nacional, socialismo nacional e outras, envelhecem, mudam de significado, exigem novas formulações. Na medida em que se desfazem as hegemonias construídas durante a Guerra Fria, declinam as superpotências mundiais, envelhecem ou apagam-se as alianças e acomodações estratégicas e táticas sob as quais se desenhava o mapa do mundo até 1989, quando caiu o Muro de Berlim, o emblema do mundo bipolarizado.
Simultaneamente, começam a emergir novos polos de poder, revelam-se os primeiros traços de outros blocos geopolíticos, manifestam-se as primeiras acomodações e tensões entre os estados-nações preexistentes, bem como entre os que se formam com a desagregação da Iugoslávia, Tchecoslováquia e União Soviética.
(Disponível em: IANNI, Octávio. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999. p. 12)
O Muro de Berlim, mencionado no texto, foi construído