O complexo principal de histocompatibilidade (MHC) compreende uma região do genoma que contém um conjunto de genes que codificam a síntese de proteínas da superfície de diferentes tipos celulares. Essas proteínas atuam no processo de rejeição de tecidos e órgãos após transplantes clínicos, na suscetibilidade do organismo a doenças infecciosas e na predisposição para amplo espectro de doenças crônicas não infecciosas. O MHC é também denominado antígeno leucocitário humano (HLA). Seus genes são herdados em blocos e expressos de forma codominante em cada indivíduo. O polimorfismo dos genes do MHC impede que existam dois indivíduos que expressem moléculas de MHC idênticas. Uma das descobertas mais intrigantes revelou que as moléculas desse complexo podem estar envolvidas na função olfatória e na escolha de parceiros, uma vez que fragmentos de antígenos associados ao MHC podem ser diluídos em fluidos biológicos, como urina, saliva e suor. Nesse caso, as moléculas de MHC de um indivíduo liberadas pelo suor poderiam ser captadas por neurônios sensitivos olfatórios de outros indivíduos, o que desencadearia algumas sensações, como atração ou repulsa por uma pessoa. Uma pesquisa mostrou que algumas mulheres tendem a escolher como parceiros homens que apresentam grande variação genética do MHC.
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A partir das informações do texto acima, julgue o item a seguir.
A complexidade genômica do MHC contribui para o fato de todos os indivíduos de uma população serem igualmente suscetíveis a determinado patógeno.