“A concepção da infinitude do universo é, naturalmente, uma doutrina puramente metafísica; pode, certamente, como fez de fato, servir de base à ciência empírica; não pode jamais basear-se no empirismo. Isto foi bem compreendido por Kepler que, portanto, rejeitou a doutrina – o que é particularmente interessante e instrutivo – não só por motivos metafísicos como ainda por motivos puramente científicos. Antecipando certas epistemologias de hoje, ele chega a declará-la despida de significação científica”.
(Koyré, A. Do Mundo Fechado ao Universo Infinito. Rio de Janeiro: Ed. Forense Universitária, São Paulo: Edusp, 1979, p.63)
No trecho acima, Alexandre Koyré identifica continuidade entre certos aspectos do pensamento de Johannes Kepler e