Questão
Universidade de Taubaté - UNITAU
2019
1ª Fase
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“A conservação das línguas africanas era um dos aspectos mais importantes da vida dos escravos longe de seus senhores. Quando se encontravam com seus conterrâneos nas ruas e mercados, os escravos conversavam em ioruba, quicongo ou quimbundo. Os viajantes que passavam por eles nas ruas notavam a tagarelice de línguas que não conseguiam entender. Os anúncios de fugitivos mencionavam africanos que não falavam português. Muito evidentemente eram novos africanos, mas havia também fugitivos que viveram muitos anos no Rio sem aprender a falar português”. 

KARASCH, M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro. 1808-1850. São Paulo: Rio de Janeiro, 2000, p. 293-294.

Sobre a conservação das línguas africanas pelos escravos no Brasil Império, é CORRETO afirmar:
A
Os donos de escravos estimulavam o uso da língua materna para que, assim, fosse dificultada a comunicação entre as diferentes etnias escravizadas.
B
Os africanos escravizados mantinham suas línguas maternas, porque chegavam ao Brasil na idade adulta, o que dificultava o aprendizado da língua portuguesa.
C
A manutenção das línguas africanas no Brasil pode ser interpretada como um mecanismo de reconstituição de e reforço das identidades africanas no estrangeiro.
D
Os africanos escravizados e libertos do Rio de Janeiro não sabiam ler e escrever o português do período, porque pertenciam a culturas africanas iletradas.
E
As línguas africanas eram utilizadas apenas nos rituais e celebrações de origem africana, como a umbanda, o candomblé e o calundu.