O cônsul, ao partir com seu exército, parece ter, efetivamente, autoridade absoluta em todos os assuntos; na verdade, contudo, depende do apoio do povo e do Senado, e não é capaz de levar adiante as operações de guerra sem a colaboração de ambos, pois, obviamente, as legiões necessitam de suprimentos constantes que dependem do Senado. É absolutamente indispensável aos cônsules conquistar a simpatia do povo, pois é este que ratifica ou rejeita as condições de paz e de tratados.
O Senado, por sua vez, é obrigado a estar atento ao povo nas questões de interesse público. Se um só dos dez tribunos da plebe se opuser, o Senado é incapaz de decidir em última instância sobre qualquer assunto graças ao seu poder de veto.
Igualmente, o povo, por seu turno, é submisso ao Senado e respeita-lhe os membros seja em público, seja na vida privada. Nenhum dos poderes predomina sobre os outros nem pode desprezá-los.
POLÍBIO. História. Brasília: Ed. Da UnB, 1985 (Livro VI, capítulos 11-18). Adaptado.
A partir da leitura do texto, é CORRETO afirmar que Políbio defende a seguinte premissa: