No conto “O homem que sabia javanês”, um dos mais conhecidos contos de Lima Barreto, o protagonista Castelo narra seus sucessos como um suposto conhecedor de javanês, que se vale de sua esperteza para obter um posto de chefe de consulado em Havana.
[...] Passei a ser uma glória nacional e, ao saltar no cais Pharoux, recebi uma ovação de todas as classes sociais e o presidente da república, dias depois, convidava-me para almoçar em sua companhia. Dentro de seis meses fui despachado cônsul em Havana, onde estive seis anos e para onde voltarei, a fim de aperfeiçoar os meus estudos das línguas da Malaia, Melanésia e Polinésia.
— É fantástico, observou Castro, agarrando o copo de cerveja.
— Olha: se não fosse estar contente, sabes que ia ser?
— Que?
— Bacteriologista eminente. Vamos?
— Vamos.
BARRETO, Lima. O homem que sabia javanês e outros contos. Curitiba: Polo Editorial do Paraná, 1997, p. 8. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000153.pdf. Acesso em: 02 jun. 2021.
Sobre o lugar das malandragens de Castelo no contexto da obra de Lima Barreto, assinale a alternativa INCORRETA.