A contribuição de Kant (1724-1804) para a teoria do conhecimento passa pela distinção da sensibilidade e suas formas constitutivas, o espaço e o tempo, mas também por ter mostrado que a representação sensível não é o mesmo que o conhecimento objetivo, o qual se consuma mediante o entendimento categoricamente estruturado, aplicado ao que lhe entrega a sensibilidade. As formas da sensibilidade e as categorias do entendimento constituem, assim, a finitude intrínseca ao conhecimento que nos caracteriza. Deus e a imortalidade da alma, por exemplo, deixam de ser conhecimentos possíveis; do ponto de vista do criticismo kantiano, trata-se de ideias reguladoras, não de entes e características efetivamente existentes.