Questão
Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP
2016
Fase Única
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A corrupção na hierarquia católica medieval era notória. O papa João XII tinha casos amorosos abertamente, deu tesouros da Igreja a uma amante, castrou um oponente, cegou outro, e vestiu armadura para dirigir um exército. Benedito IX vendeu o papado a um sucessor por 1.500 libras de ouro. Urbano VI torturava e matava seus cardeais [...] Benedito V desonrou uma menina e fugiu com o tesouro do Vaticano [...] Um papa João XXIII anterior (não o reformador dos anos cinquenta) foi destronado por um concílio em 1414 – e Edward Gibbon registra secamente em O declínio e a queda do Império Romano: “As acusações mais graves foram suprimidas; o Vigário de Cristo foi acusado apenas de pirataria, assassinato, estupro, sodomia e incesto”. Alexandre VI comprou o papado, subornando cardeais para elegê-lo – e depois presidiu orgias sexuais assistidas por seus filhos ilegítimos Cesare e Lucrécia Borgia.

HAUGHT, James A. Perseguições religiosas: uma história do fanatismo e dos crimes religiosos. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003, p. 81-83. Adaptado.

Fruto desse contexto, ao final da Idade Média, a Reforma protestante buscou purificar e regenerar a fé cristã. Para tanto, ela
A
criou, além da Inquisição, o Index como formas de fragilizar a influência do catolicismo apostólico romano.
B
condenava especialmente a usura, os juros e o lucro, de fato estimulando um retrocesso na acumulação de capital no período do
mercantilismo.
C
foi muito influenciada pelo crescimento da consciência religiosa dos fiéis e de seu poder de crítica, graças à tradução da Bíblia e à invenção da imprensa.
D
se iniciou na Inglaterra com a Reforma Anglicana, levada a cabo por Henrique VIII, que inspirou Lutero e Savonarola a fazerem o mesmo na Alemanha e na Itália, respectivamente.
E
foi proposta por Luis XIV, mas tornou-se mais radical e minuciosa a partir das teses de Lutero; foi esse radicalismo que levou os príncipes luteranos a ficarem conhecidos como protestantes.