Debate iniciado no início do século XIX, mas intensificado nos anos 50 a 80 do século XX, o projeto de criação do Tocantins era a intenção máxima dos grupos políticos insatisfeitos com o desequilíbrio na distribuição de benefícios políticoadministrativos. 

A ideia de autonomia do Norte de Goiás e criação do Estado do Tocantins, foi, ao longo do tempo revisitada: deputado de província Visconde de Taunay, no século XIX, aviador Lisyas Rodrigues, juiz Feliciano Braga, no século XX, foram alguns defensores notórios. 

O projeto de autonomia do Norte goiano (Tocantins) foi apagado durante todo o período da primeira República, pois o pacto oligárquico que fez sólida aliança entre as forças políticas regionais não permitia projetos de separação. 

Palmas, capital, foi fundada com rica simbologia, análoga às fundações do Brasil e de Brasília: primeira missa com índios Xerente, avenidas Juscelino Kubitschek, Teotônio Segurado, cruzada civilizatória, progresso, desenvolvimentismo, identidade e modernidade. 

Com inúmeros projetos de colonização agrícola como base do desenvolvimento regional, o governo de Mauro Borges, antecipado pelo golpe de 1964, poderia ter dado possibilidade de autonomia ao Tocantins ainda na década de 1960.