O criado esperava teso e sério. Era espanhol; e não foi sem resistência que Rubião o aceitou das mãos de Cristiano; por mais que lhe dissesse que estava acostumado aos seus crioulos de Minas, e não queria línguas estrangeiras em casa, o amigo Palha insistiu, demonstrando-lhe a necessidade de ter criados brancos. Rubião cedeu com pena. O seu bom pajem, que ele queria pôr na sala, como um pedaço da província, nem o pôde deixar na cozinha, onde reinava um francês, Jean, foi degradado a outros serviços.
MACHADO DE ASSIS Quincas Borba. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2024.
O romance Quincas Borba, publicado em livro em 1891, possui como cenário o Rio de Janeiro, na segunda metade do século XIX.
A passagem transcrita indica, por parte de Rubião, o apego ao seguinte aspecto do contexto da época: