A crise financeira da Grécia, país de apenas 11 milhões de habitantes, pode ter profundas implicações para a economia mundial e para a União Europeia. Há temores de que um agravamento da crise leve a um eventual calote da dívida grega e que países, como Portugal, Itália, Espanha e Irlanda, acabem seguindo pelo mesmo caminho. [...]
Outro temor é em relação aos prejuízos dos bancos que emprestaram dinheiro a esses países, perdas que podem levar a uma nova crise de crédito.
O déficit no orçamento grego, ou seja, a diferença entre o que o país gasta e o que arrecada, foi, em 2009, de 13,6% do PIB, um dos índices mais altos da Europa e quatro vezes acima do tamanho permitido pelas regras da chamada zona do euro. Sua dívida está em torno de 300 bilhões de euros (o equivalente a US$ 400 bilhões ou R$ 700 bilhões) e parte desse montante — cerca de US$ 12,5 bi — vence no dia 19 de maio [2015].
Para honrar seus compromissos, a Grécia deve receber, ao longo de três anos, um pacote de cerca de 110 bilhões de euros (aproximadamente US$ 140 bilhões), que inclui a participação de países da zona do euro e do FMI. (A CRISE..., 2015).
As medidas propostas pela União Europeia para solucionar a crise grega são de caráter