O cristianismo foi difundido nos territórios da Núbia, a partir do século IV, por meio da língua copta, que passou a ser língua- -matriz religiosa de um cristianismo africano, que diferia da versão oficial romana, e depois da versão bizantina. Essa versão do cristianismo que se afirmou ao longo dos séculos num processo intricado de amálgamas entre a doutrina monofisita e os costumes das religiões tradicionais da África negra.
A igreja axumita (e, depois, a igreja etíope) adotou para si o calendário e o rito litúrgico copta, retirado do modelo praticado pelo clero de Alexandria. Havia costumes, como as danças e os tambores, os sacrifícios de cabras e, nos primeiros tempos, a admissão da poligamia. Além disso, havia a distinção entre o consumo de carne pura e impura, a proibição das mulheres de entrarem nos templos no dia seguinte ao que tiveram relações sexuais e a observação do sábado e não do domingo como dia consagrado.
(José Rivair Macedo. História da África, 2013. Adaptado)
Nessa versão do cristianismo, há