Em defesa de Ratzel, o geógrafo francês André-Louis Sanguin (1990) escreve que tanto a “influência negativa jogada pelos censores e inquisidores quanto o papel deformador de determinados turiferários” (SANGUIN, 1990, p.579) são responsáveis pela construção da imagem de Ratzel como “pai” do determinismo ambiental e da geopolítica nazista, sendo que “os mitos têm uma vida duradoura, sobretudo quando servem como respostas fáceis para desafios desconfortáveis” (SANGUIN, 1990, p.592). Neste sentido, “distorções e falsas interpretações são as pedras de amolar que os anti-ratzelianos têm utilizado nos seus ataques repetidos” (SANGUIN, 1990, p.580). (...)
O geopolítico nazista Karl Haushofer (1940) editou um volume com diversos recortes da obra de Ratzel. No prefácio do livro, Haushofer considera Ratzel como um visionário dos processos geopolíticos para os tempos após a Primeira Guerra Mundial e um educador político popular que servia como inspiração para refletir sobre o crescimento orgânico dos Estados-nações.
(Jörn Seemann, « Friedrich Ratzel entre Tradições e Traduções », Terra Brasilis (Nova Série) [Online], 1 | 2012, posto online no dia 05 novembro 2012, consultado o 29 outubro 2019. URL : http://journals.openedition.org/terrabrasilis/180 ; DOI : 10.4000/terrabrasilis.180. Com adaptações)
Considerando os trechos do texto acima, sobre a política expansionista dos nazistas e sua fonte de inspiração teórica, é correto afirmar que: