A radiação proveniente do Sol – fonte principal de energia para o sistema Terra-atmosfera – é composta por um conjunto de radiações cujos comprimentos de onda variam de forma mais ou menos contínua desde 0,1𝑚 até 3,0𝑚. Determinados trechos do espectro solar apresentam características particulares como a radiação ultravioleta (0,1𝜇𝑚 ≤ 𝜆 ≤ 0,4𝜇𝑚), com 9% do total de energia, a radiação visível (0,4𝜇𝑚 ≤ 𝜆 ≤ 0,7𝜇𝑚), com 41% do total de energia e a radiação infravermelha (0,7𝜇𝑚 ≤ 𝜆 ≤ 3,0𝜇𝑚), contendo 50% do total de energia. Devido a esses pequenos comprimentos de onda, o espectro da radiação solar é denominado de ondas curtas. Por outro lado, a superfície terrestre está em constante emissão de radiação em forma de ondas eletromagnéticas de ondas longas não visíveis (na região do infravermelho), denominadas de radiação terrestre. A figura a seguir mostra (fora de escala no eixo horizontal) o espectro de absorção da atmosfera terrestre em função do comprimento de onda:
Adaptado de LUTGENS et al., 2019, p. 231.
A partir dessas informações, podemos afirmar que:
I. Há uma “janela atmosférica” onde a absorção atmosférica terrestre é baixa, entre aproximadamente 0,3𝜇𝑚 e 0,7𝜇𝑚. É através dela que nosso planeta recebe cerca de 50% do total de energia proveniente do Sol.
II. Há outra “janela atmosférica” por onde a Terra perde energia (na região do infravermelho) para o espaço exterior. Essa janela é controlada, no lado esquerdo, pela banda de absorção do vapor de água e, no lado direito, pela banda de absorção do dióxido de carbono.
III. O aumento da concentração de gases como o dióxido de carbono na atmosfera torna o efeito estufa mais intenso e, portanto, fica mais difícil nosso planeta perder calor para o espaço. Esse efeito causa o aquecimento da baixa atmosfera, elevando a temperatura média da Terra e levando às mudanças climáticas.
Assinale a alternativa CORRETA: