A distribuição da água doce própria para consumo entre as diferentes partes da superfície terrestre, ou seja, entre as diversas localidades, é naturalmente desproporcional. As Américas, juntas, reúnem 41% de todos os recursos hídricos disponíveis, seguidas pela Ásia – maior e mais habitado continente – com 30%, pela África com 10%, depois a Europa com 7%, a Oceania com 5% e a Antártida com 5%.
Sobre o problema de escassez hídrica, é correto afirmar que:
I- Em uma economia mundial cada vez mais integrada, a escassez de água cruza fronteiras, podendo ser citado como exemplo o comércio internacional de grãos, em que são necessárias 1.000 toneladas de água para produzir 1 tonelada de grãos, de modo que a importação de grãos é a maneira mais eficiente para os países com déficit hídrico importarem água.
II- Com o processo de urbanização e a industrialização houve um aumento da demanda pelo produto. Conforme a população rural, que tradicionalmente dependente do poço da aldeia, muda-se para prédios residenciais urbanos com água encanada, o consumo de água residencial pode facilmente triplicar, porém, com a utilização de tecnologias para tratamento e o transporte eficiente da água, o desperdício é menor, equiparando o consumo urbano ao rural.
III- Com a descoberta recente do Aquífero Alter do Chão, localizado na região Norte do Brasil, com um volume estimado é de 86,4 mil km³ de água, o suficiente para garantir a liderança mundial em reservas hídricas, o problema de escassez hídrica no Brasil e no mundo estão resolvidos, tornando o país o maior distribuidor de águas do mundo.
IV- A escassez de água também está associada ao problema na desigualdade de consumo. Em regiões com índices críticos de disponibilidade, como nos países do continente Africano, a média de consumo de água é de dez a quinze litros/pessoa, ao passo que, em Nova York, há um consumo exagerado de água doce tratada e potável e um cidadão chega a gastar dois mil litros/dia, evidenciando, assim, as desigualdades em relação ao consumo de água.