“Os dois filhos varões de Estina morrera mercê da brutalidade do pai, um porque o escadeirara num acesso de furor, provocando-lhe lesões fatais, outro porque o intimara a levantar-se, mal curado duma gripe, e a criança sucumbira com uma pneumonia. Estina disse a sua mãe, que, alanceada de revolta, lhe pedira para abandonar Inácio:
– Não deixo a minha casa. Isso não faço nunca.
– Olha pela tua vida, mulher. Tens uma menina para criar, e como podes ter segurança ali?
– Em toda parte é igual. A gente tem que se defender sempre, e em toda a parte corre perigo –ripostou Estina. – Se os meus filhos morrem, sou eu quem sofre. Mas eu, se fujo, desonro a família”.
BESSA-LUÍS, Agustina. A Sibila. São Paulo: Mediafashion, 2017 (Coleção Folha; Mulheres na Literatura, v. 30, p. 88-89).
No conjunto do romance, uma personagem que vive radicalmente em oposição à vida austera de Estina é: