As baterias de íons lítio funcionam com eletrodos à base de materiais de estrutura aberta conhecidos como compostos de intercalação, que permitem a entrada e a saída de íons lítio, de modo que se estabelece um transporte reversível desses íons. O polo negativo é formado por folhas de grafite intercaladas com íons lítio (LiᵧC), enquanto o polo positivo é composto de materiais cerâmicos feitos a partir de óxidos de metais de transição, como o LiₓCoO₂, também intercalados por íons lítio em uma estrutura lamelar. Cobre e alumínio metálicos são utilizados como metais coletores de corrente nos polos negativo e positivo, respectivamente. Durante o processo de descarga da bateria, os íons lítio migram do polo negativo para o positivo através de um eletrólito não aquoso, geralmente hexafluorofosfato de lítio (LiPF₆) a 1 mol/L, e os elétrons fluem através do circuito externo, como mostrado na figura a seguir.
As semirreações envolvidas, descritas a seguir, geram, em condições ordinárias de operação, um potencial de célula de 4,2 V e energia específica de 150 W h kg⁻¹.
polo negativo
polo positivo
Nerilso Bocchi, Sonia R. Biaggio e Romeu C. Rocha-Filho. Prêmio Nobel de Química de 2019: láurea pelo desenvolvimento das baterias de íons lítio. In: Revista Química Nova na Escola, vol. 41, n.º 4, p. 320-326, nov./2019 (com adaptações).
Tendo as informações do texto precedente como referência, julgue:
Durante o processo de descarga da bateria, o polo positivo atua como cátodo, no qual os íons lítio sofrem redução.