Pode-se dizer que o conto “A moça tecelã”:
Denuncia as diferenças sociais entre homens e mulheres e mostra como a sociedade ainda está baseada em modos de produção que levam as mulheres a receber menos reconhecimento profissional.
Se apresenta como uma subversão dos contos de fadas tradicionais, nos quais as mulheres geralmente possuem um papel passivo, esperando que os príncipes venham salvá-las dos perigos e assegurar lhes a felicidade.
É uma sátira sobre o casamento como instituição social reconhecida e perpetuada pelas tradições religiosas que regem não apenas o Brasil, mas também praticamente todos os países da América Latina.
Apresenta a personagem moça tecelã como uma anti heroína, que não quer cumprir seu papel tradicional de se casar, ter filhos e viver feliz para sempre ao lado do marido.
É uma alegoria histórica que ironiza o período conhecido como Primeiro Reinado, de modo que a moça tecelã e seu marido se constituem como paródias de D. Pedro I e da imperatriz Maria Leopoldina.