O texto destaca a substituição dos símbolos monárquicos por novas representações no contexto da República, com ênfase no uso da alegoria feminina como personificação dos valores republicanos e da pátria. A imagem de Pedro Bruno, intitulada A Pátria, ilustra perfeitamente essa transição simbólica ao retratar uma mulher que encarna a própria nação brasileira, de maneira semelhante à forma como a França republicana adotou figuras femininas como Marianne.

Três elementos presentes na imagem sustentam essa relação. Primeiro, a mulher é colocada em destaque central e solene, com postura ereta e olhar firme, representando a autoridade e a dignidade da República. Segundo, ela veste uma túnica branca, associada à pureza, à paz e à moralidade republicana, o que remete às alegorias clássicas da Antiguidade, como citado no texto. Por fim, a bandeira nacional que ela sustenta reforça seu papel de personificação da pátria, unificando o povo sob os ideais republicanos. Esses elementos confirmam a substituição do rei como símbolo da nação por uma representação alegórica que comunica os novos valores políticos e identitários do regime republicano.