Questão
Simulado Unicamp
2020
1ª Fase
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Uma equipe de brilhantes tradutores, muitos deles cristãos nestorianos, mas também judeus e muçulmanos, fez com que os textos gregos fossem acessíveis em árabe. E quando os árabes entraram em contato com a ciência e a filosofia gregas, começou um florescimento cultural que alguns autores compararam a um híbrido de Renascimento e Iluminismo. Os estudos de astronomia, alquimia, medicina e matemática desenvolvidos pelos muçulmanos árabes permitiram que nos séculos IX e X fossem feitas no Império abássida mais descobertas científicas do que em qualquer outro período anterior da história. A influência das traduções, somada à produção própria dos árabes, fez florescer nas principais cidades muçulmanas centros de estudos que adquiriram renome, alguns dos quais existem ainda hoje, como a Universidade Al-Azhar, no Egito, onde lecionou Ibn Khaldun. A riqueza da produção cultural passou a ser uma das principais características do período clássico do Império islâmico.

(Beatriz Bissio, O mundo falava árabe. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.)

Considerando o texto acima sobre o Islã Medieval e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta
A
A extensão do território sob domínio islâmico e a perseguição dos povos não muçulmanos estimulou o surgimento de uma classe de intelectuais laicos, responsáveis pela disseminação de conhecimentos científicos e elementos culturais.
B
O Islã Medieval incentivou a formação de centros de estudo em zonas urbanizadas, responsáveis por avanços científicos e culturais a partir do intercâmbio com elementos de culturas de povos dominados, entre eles bizantinos e judeus.
C
O fundamentalismo religioso fez com que os territórios atingidos pela Civilização do Islã fossem privados do intercâmbio de saberes com os povos conquistados, de maneira que todos os avanços científicos do período foram promovidos exclusivamente por muçulmanos.
D
Apesar do apreço demonstrado pela ciência e cultura, o papel do Islã Medieval se restringiu ao de mero assimilador das contribuições dos povos dominados a partir do século VII, sem promover esforços pela construção de novos conhecimentos.