Abaixo está colocado um trecho situado na Cena V do Segundo Ato da peça teatral O noviço, escrita por Martins Pena, em que se veem vários personagens centrais da trama.
O NOVIÇO – Ato Segundo - Cena V (excerto)
[...]
AMBRÓSIO — Decerto! (À parte:) Quer fazer-me alguma.
FLORÊNCIA — Ai, vida da minha alma!
AMBRÓSIO, à parte — O patife é muito capaz...
CARLOS — Mas nós, os homens, somos tão falsos — assim dizem as mulheres —, que não admira que o tio...
AMBRÓSIO, interrompendo-o — Carlos, tratemos da promessa que te fiz.
CARLOS — É verdade; tratemos da promessa. (À parte:) Tem medo, que se pela!
AMBRÓSIO — Irei hoje mesmo ao convento falar ao D. Abade, e dir-lhe-ei que temos mudado de resolução a teu respeito. E de hoje em quinze dias, senhora, espero ver esta sala brilhantemente iluminada e cheia de alegres convidados para celebrarem o casamento de nosso sobrinho Carlos com minha cara enteada. (Aqui entra pelo fundo o mestre dos noviços, seguidos dos meirinhos e permanentes, encaminhando-se para a frente do teatro.)
CARLOS — Enquanto assim praticardes, tereis em mim um amigo.
EMÍLIA — Senhor, ainda que não possa explicar a razão de tão súbita mudança, aceito a felicidade que me propondes, sem raciocinar. Darei a minha mão a Carlos, não só para obedecer a minha mãe, como porque muito o amo.
CARLOS — Cara priminha, quem será capaz agora de arrancar-me de teus braços?
MESTRE, batendo-lhe no ombro — Estais preso. (Espanto dos que estão em cena)
PENA, Martins. O noviço. [s.l.]: Klik. p. 29-30. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000282.pdf. Acesso em: 15 jun. 2021.
Sobre o funcionamento do texto dramático, de que o excerto em análise é exemplar, assinale a alternativa que apresenta a afirmativa INCORRETA.